PF desvenda esquema de fraude em prefeituras mineiras
O esquema envolvia dois escritórios de advocacia que forjavam processos licitatórios para prestar assessoria jurídica às prefeituras. As principais modalidades usadas pelos grupos eram “Carta Convite” e “Pregão Presencial”.
Os escritórios combinavam as prefeituras que cada um ganharia na licitação e contavam com a participação de agentes públicos para manipular o processo. Eles atuavam nos municípios de Alfenas, Boa Esperança, Campanha, Campos Gerais, Coqueiral, Nepomuceno e Três Pontas, no Sul de Minas; além de Carmo do Paranaíba, no Alto Paranaíba e Dores do Indaiá, no Centro-Oeste mineiro.
Ao todo, foram cumpridos oito mandados de prisão, dezenove mandados de busca e apreensão e duas conduções coercitivas. Dentre os presos estão advogados, procuradores de municípios, agentes públicos e assessores parlamentares. Também apreendidos dinheiro em espécie em alguns locais de busca, além de farta documentação do esquema criminoso.
Os presos são acusados de crimes de formação de quadrilha, visando à prática de fraudes licitatórias, corrupções ativa e passiva, peculato e outros, quando os autores se propunham à distribuição de propinas. Eles podem pegar até 30 anos de prisão.
A Polícia Federal planeja enviar ao Ministério Público elementos suficientes para instruir a ação penal e anular os contratos administrativos firmados com essas prefeituras, mediante ação civil pública.
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