segunda-feira, 27 de junho de 2011

Feriado tem pelo menos 18 mortos nas rodovias mineiras

Balanço final da Operação Corpus Christi, da Polícia Rodoviária Federal, será divulgado nesta segunda-feira


EMMANUEL PINHEIRO
BR-381
No domingo, congestionamento chegou a 15 quilômetros na BR-381, próximo a Sabará


Durante o feriado prolongado de Corpus Christi, pelo menos 18 pessoas morreram em colisões nas estradas em Minas Gerais. Nas rodovias federais que cortam o Estado, foram registradas pelo menos 13 mortes. No mesmo feriado do ano passado, foram 467 acidentes na malha federal, com 30 óbitos e 261 feridos. O balanço final só será divulgado nesta segunda-feira (27) pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). O número de colisões nas estradas estaduais também não foi divulgado.

Um dos mais graves acidentes foi registrado na LMG-618, entre Divisa Alegre e Águas Vermelhas, no Norte de Minas. Cinco jovens morreram após a capotagem do veículo. De acordo com a Polícia Militar Rodoviária, os cinco foram jogados para fora do carro e morreram na hora.

No inicio da tarde deste domingo, um acidente entre dois veículos de passeio matou uma pessoa e feriu cinco. A colisão ocorreu no Km 423 da BR-381, em Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Segundo o Corpo de Bombeiros, o choque ocorreu próximo ao Hotel Fazenda Free Time Turismo. Um helicóptero foi acionado para fazer o resgate das vítimas. Em função da batida, o trânsito, já complicado no local por causa da volta do feriado, chegou a ser interrompido nos dois sentidos e só foi liberado por volta das 18 horas.

Outro acidente fatal ocorreu no Km 414 da BR-262, em Igaratinga, Região Central. O caminhão Mercedes-Benz, placas GVP-4866, de Pará de Minas (MG), capotou por volta das 10 horas. O condutor T.A., de 59 anos, morreu no local.

Em outro acidente, na madrugada deste domingo, uma pessoa morreu e três ficaram feridas no Km 599 da BR-381, na altura de Carmópolis de Minas, no Centro-Oeste. Segundo a PRF, o condutor de um Corsa, com placa de São Paulo, perdeu o controle e capotou. Os feridos foram levados para o Hospital Pronto-Socorro de Oliveira, mas não correm risco de morte.

Voltar para casa foi um teste de paciência para o mineiro durante toda a tarde e início da noite de domingo. A enorme quantidade de veículos e os diversos acidentes resultaram em um congestionamento que ultrapassava, até o fechamento desta edição, 15 quilômetros de extensão na BR-381, nas proximidades das pontes provisórias sobre o Rio das Velhas, em Sabará, na RMBH.

Na BR-135, do Km 420 ao 445, próximo ao município de Augusto de Lima, no Norte de Minas, obras de recuperação de pontes na região também causaram congestionamentos. Já na Rodovia Fernão Dias, a lentidão chegou a oito quilômetros, do Km 495 ao 503, em Betim, na RMBH.

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sexta-feira, 24 de junho de 2011

Projeto Cágado tenta impedir extinção de espécie

O animal é encontrado somente na Bacia do Rio Carangola e integra a lista de 25 quelônios ameaçados de extinção no planeta


DIVULGAÇÃO
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Poluição, desmatamento e caça predatória restringiram a ocorrência do quelônio


Não se iluda com o jeito alegre da simpática "tartaruga". Se pudesse se expressar, o cágado-de-hogei ( Mesoclemmys hogei ) certamente faria uma cara de poucos amigos. O animal é encontrado atualmente somente na Bacia do Rio Carangola, na Zona da Mata, e integra a lista de 25 quelônios ameaçados de extinção no planeta.

Para tentar evitar o fim da espécie, o Projeto Cágado de Hogei, iniciado em 2000 pela pesquisadora Gláucia Drumond, vai trabalhar no monitoramento da espécie, ampliação dos conhecimentos disponíveis em estudos anteriores e definir um programa de conservação na bacia.

Para alcançar os objetivos estão previstos, entre outras ações, detalhamento das características (áreas de uso, recursos alimentares e comportamento reprodutivo), observação do grau de isolamento genético das populações remanescentes, caracterização da vegetação ciliar, identificação dos impactos decorrentes da ocupação humana, além de verificação de oportunidades de conservação. "O empenho é muito grande. Temos grande perspectiva de salvar a espécie", ressalta o biólogo e estagiário-chefe do projeto, Rogério Luiz da Silva.

Ele, no entanto, confirma que o declínio da população nos últimos anos é preocupante. "Em 2008, jogando algumas redes, pegava-se uma quantidade de tartarugas. Hoje, é preciso mais redes para pegar menos. Além disso, observamos muita recaptura", revelou, sem citar números precisos.

A temida classificação, na qual o animal ocupa a 21ª posição, foi publicada pela Turtle Conservation Coalition (Coalizão pela Conservação das Tartarugas), formada por entidades ambientalistas internacionais.

O cágado de hogei é o único brasileiro da lista, encabeçada por George Solitário ( Chelonoides abingdonii ), último da espécie de tartaruga-gigante, que vive no arquipélago de Galápagos, no Equador, considerado extinto da natureza.

Para o botânico Braz Consenza, subcoordenador do projeto que promove ações de preservação da tartaruga, o primo brasileiro de George segue para cumprir a mesma sina. "Estatisticamente, baseado no esforço de captura e ocorrência, a população da espécie é baixíssima. Se ações não forem feitas em tempo hábil, modelos matemáticos indicam um declínio ainda maior, com extinção em dez anos", alerta.

Poluição e assoreamento dos rios, corte de mata ciliar e pesca predatória são os fatores que levaram o animal, que pode chegar aos 5 quilos, a quase acabar na Bacia do Rio Paraíba do Sul. "A situação se complica por causa dos poucos estudos sobre a espécie. Não sabemos quase nada sobre reprodução, genética e comportamento", revela Consenza.

Segundo o professor, que leciona Ecologia e Botânica nas Faculdades Vale do Carangola (Favale) - unidade associada à Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg) -, embora o cágado de hogei seja encontrado em áreas baixas da bacia do Rio Paraíba do Sul, no Rio de Janeiro, em São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais, a sub-bacia do Carangola, altura dos municípios de Tombos, Carangola e Faria Lemos, é última onde existem registros atuais da ocorrência do quelônio.

"Esse fato contribuiu para que a região fosse eleita de importância biológica extrema para priorização de áreas a serem preservadas no Estado", salientou. Consenza afirmou que a Bacia do Carangola é o último refúgio com uma população saudável do cágado e ainda em condições de repovoar a espécie ao longo de áreas originais de ocorrência.



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terça-feira, 21 de junho de 2011

Mulher mais velha do mundo morre em Minas Gerais

Foto: Reprodução/Guiness World Records Zoom Maria morreu de pneumonia em Minas Gerais Maria morreu de pneumonia em Minas Gerais

Da Redação

cidades@eband.com.br

Maria Gomes Valentim, reconhecida pelo Guiness Book (Livro dos Recordes) como a pessoa mais velha do mundo, morreu aos 114 anos na madrugada desta terça-feira. Ela morava na Casa de Caridade de Carangola, na Região Zona da Mata, em Minas Gerais.

Segundo o hospital, Vó Quita, como era conhecida, chegou ao pronto socorro com pneumonia. Ela completaria 115 anos no próximo dia 9 de julho. Ela será enterrada às 16h no Cemitério Jardim da Paz.

Reconhecimento

O Guiness Book – Livro dos Recordes – confirmou em maio deste ano que a brasileira Maria Gomes Valentim era a pessoa mais velha do mundo. Aos 114 anos e 313 dias é 48 dias mais velha que a antiga recordista, Besse Cooper, da Georgia, nos Estados Unidos.
Maria nasceu em 9 de julho de 1896, em Carangola, Minas Gerais. Casou-se com João Valentim em 1913 e ficou viúva em 1946. Tiveram um filho, quatro netos, sete bisnetos e cinco trinetos.

Redatora: Bárbara Forte